O texto inicial, de
autoria do deputado Vicentinho (PT-SP), estabelecia a comemoração no dia 30 de
setembro. Entretanto, o relator na Comissão de Educação (CE), senador Paulo
Paim (PT-RS), propôs alterar a data, já que o dia 21 de março foi escolhida
pela Organização das Nações Unidas (ONU) para estabelecer o Dia Internacional
Contra a Discriminação Racial.
“A ocasião relembra o
massacre de 69 pessoas negras que protestavam pacificamente contra o regime de segregação
racial na África do Sul, em 1960”, explicou.
Em plenário, o senador
Paulo Paim agradeceu ao autor por aceitar a mudança para o dia 21 de março, e
reafirmou a importância simbólica da proposta, que retornará para votação na
Câmara dos Deputados.
Ainda na sua análise,
Paim ressaltou que até os anos 1960, os praticantes do Candomblé se
concentravam principalmente nos estados da Bahia e de Pernambuco, além de
outras regiões pontuais habitadas por grupos de descendentes de escravos. Com
os movimentos migratórios de nordestinos para a região Sudeste do país, segundo
o senador, o Candomblé se expandiu. Somente na cidade de Salvador, existem
2.230 terreiros registrado e cerca de 3 milhões de brasileiros são praticantes
da religião.
“Consideramos,
portanto, meritório o projeto. É inegável a importância do Candomblé para a
formação da Nação Brasileira e para a identidade cultural e religiosa de
relevante parcela da população”, concluiu.
Segundo o autor da proposta, deputado Vicentinho, o Candomblé desembarcou no Brasil junto com as grandes levas de escravos no século XVI. “Atualmente reconhecido como religião, o Candomblé foi bastante marginalizado num passado não muito distante. Inicialmente proibida e considerada como ato criminoso, a prática do Candomblé chegou a ser impedida por vários governos, sendo seus adeptos perseguidos e presos pela polícia.”
Disponível em: https://www.geledes.org.br/senado-aprova-dia-nacional-do-candomble/.
Acesso em 01/07/2022.
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