Ainda que o assassinato entre a população feminina
branca tenha sofrido retração de 42% de 2000 a 2020, o homicÃdio de mulheres
negras cresceu 48%. Já entre as indÃgenas a alta foi de 18%. Os dados fazem
parte da atualização da plataforma EVA (Evidências sobre Violências e
Alternativas) para mulheres e meninas, desenvolvida pelo Instituto Igarapé, com
apoio da Uber.
Dados complementares do Sistema de Saúde, também
agrupados no sistema, indicam que a arma de fogo foi usada na maioria dos casos
vitimando 1.817 mulheres, ou 54% dos crimes. Novamente, a realidade é diferente
de acordo com o recorte por gênero.
Os dados mostram que dessas vÃtimas 71% eram mulheres pardas ou negras. No intervalo de 2000 a 2017, o uso dessas armas no assassinato de negras cresceu 41,2%. Renata Giannini, pesquisadora sênior à frente do projeto, transforma em palavras uma conclusão lógica dos números. “Está claro que gênero e raça são determinantes”, afirmou. Ainda assim, reza a lenda popular que o Brasil não é machista e nem racista. Quem acredita?
Fonte:
https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-no-alvo/.
Acesso em 14/01/2021.
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