Os obstáculos para diagnosticar
e tratar a depressão são enormes, afirma a Associação Brasileira de
Psiquiatria, mesmo que essa condição médica seja comum, recorrente e crescente
em seus mais diversos sintomas e impactos. Estima-se, aliás, que até 2030 ela
deva afetar mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde.
Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), a depressão afeta atualmente quase 12 milhões de pessoas no
Brasil, ou 5,8% da população, taxa superior à média mundial (4,4%) e abaixo
apenas do líder Estados Unidos (5,9%). Essa condição, que não tem causa única,
atinge as pessoas independentemente da idade, classe social, profissão,
raça/etnia ou do gênero.
Em linhas gerais, a depressão é
descrita por especialistas como um transtorno biológico no qual a pessoa se
sente deprimida ou perde o interesse ou prazer em relação a algo que tinha
antes, afetando diversas áreas de sua vida (profissional, pessoal, familiar,
social etc.). Mas o diagnóstico é complexo: não passa por exames, mas pela
análise clínica de profissionais de saúde especializados com base em sintomas,
critérios diagnósticos (há quanto tempo persistem os sintomas, por exemplo),
histórico familiar, gatilhos, comorbidades, entre outros pontos.
E por que é tão
difícil identificar e entender os sintomas e as causas do chamado "mal do
século 21"? Que profissionais fazem esse diagnóstico? O que especialistas
recomendam para quem busca ajuda e tratamento para si mesmo ou para outras
pessoas? E quem não tem condições financeiras de pagar atendimento particular
ou plano de saúde? Luto pode desencadear depressão? Por que os pacientes são
estigmatizados como fracos ou sem força de vontade, por exemplo? Todos precisam
tomar remédio? Fazer terapia basta para os casos mais leves?
A BBC News Brasil reúne no texto abaixo
respostas de especialistas e entidades de psiquiatria e psicologia para algumas
das dúvidas mais buscadas sobre depressão.
E para responder brevemente às
duas últimas perguntas, a Inglaterra decidiu mudar as diretrizes do sistema
público de saúde nacional (uma espécie de SUS) para pessoas diagnosticadas com
depressão leve. Antes de iniciarem tratamento com antidepressivos, esses
pacientes devem primeiro ter acesso à terapia e a exercícios físicos em grupo,
por exemplo.
O novo protocolo surge em meio
ao aumento das prescrições de antidepressivos no país no fim de 2020 (alta de
6% em relação ao ano anterior), mas isso não significa, obviamente, que o
tratamento com remédios como um todo esteja sendo questionado.
Um estudo publicado no fim de setembro
no periódico científico The New England Journal of Medicine apontou que pessoas
que permanecem usando medicamentos antidepressivos a longo prazo têm menos
chance de sofrer recaída do que aquelas que decidem parar de tomá-los.
O que é depressão e quais são os principais sintomas, segundo
especialistas
Uma das formas
mais comuns de problemas de saúde mental, a depressão é descrita como
transtorno, doença, síndrome, sentimento ou melancolia (antigo nome que se dava
a ela).
"A
depressão se caracteriza por uma tristeza profunda e prolongada, que faz o
indivíduo perder o interesse por coisas que anteriormente eram prazerosas. Além
da tristeza, que é o sintoma mais conhecido e falado, o padecente pode sofrer
com alterações no sono, podendo dormir demais ou ter insônia, distúrbios
alimentares, irritabilidade, fadiga, pensamentos de suicídio. Cabe ressaltar
que os sintomas variam de pessoa para pessoa", explica Antônio Geraldo da
Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, em entrevista à BBC News
Brasil.
A necessidade
de encontrar uma definição para uma condição tão complexa quanto a depressão é
fundamental quando se deseja instituir um diagnóstico, pois só então é possível
traçar um tratamento adequado, seja com remédios, terapia ou ambos, por
exemplo.
O Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação
Americana de Psiquiatria, traz uma série de "pré-requisitos" para
caracterizar o diagnóstico formal de depressão, como a presença de cinco ou
mais sintomas da lista abaixo ao mesmo tempo durante pelo menos duas semanas.
São eles, de forma simplificada:
- Sentir-se
triste ou deprimido
- Ausência
de interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas
- Fadiga
e perda de energia
- Alterações
no apetite e no peso (ganho ou perda sem relação com dieta)
- Dificuldade
para dormir ou o oposto, dormir muito
- Sentimentos
de inutilidade e culpa
- Problemas
para pensar, se concentrar ou tomar decisões
- Aumento
da atividade física sem propósito, como ficar balançando as mãos ou os
pés, andar de um lado para outro, não conseguir ficar parado em pé ou
sentado.
- Pensamentos
suicidas
Mas o
diagnóstico vai muito além de preencher ou não os critérios acima. Segundo
Silva, "cerca de 50% a 60% dos casos de depressão não são detectados pelo
médico clínico e muitas vezes o tratamento prescrito não é suficientemente
adequado".
Há diversas
variáveis biológicas, neuroquímicas, ambientais, genéticas e emocionais
envolvidas — e diversos tipos de depressão e de transtornos mentais. Por isso
cabe a um profissional especializado investigar e identificar qual problema de
saúde está afetando ou não cada paciente.
"Um
aspecto relevante, por exemplo, passa pelas comorbidades. Muitas vezes, o
paciente não tem só depressão. É muito comum o paciente ter depressão e
problemas relacionados ao uso de substâncias, ou transtorno de ansiedade
associado a um transtorno alimentar, transtorno de personalidade… A importância
da avaliação, do diagnóstico apropriado com um profissional especializado se dá
porque na maioria das vezes os transtornos mentais não aparecem sozinhos",
disse à BBC News Brasil Wilson Vieira Melo, presidente da Federação Brasileira
de Terapias Cognitivas.
A avaliação
não é feita apenas por todos esses sinais, mas também pela exclusão de
sintomas, demandando diagnósticos diferenciais com outras condições médicas,
como deficiência de vitaminas, alterações na tireoide e tumor cerebral, que
podem apresentar sintomas semelhantes aos da depressão.
"O
psiquiatra é quem pode avaliar o quadro e identificar o desenvolvimento de uma
doença mental, intervindo de forma precoce e evitando seu agravamento. Sempre
que notarmos o prejuízo no comportamento do indivíduo, ou seja, que os sintomas
começam a atrapalhar a vida da pessoa, é a hora de buscar um psiquiatra para
tratamento e manejo correto", afirma Silva, da Associação Brasileira de
Psiquiatria.
Como buscar ajuda e tratamento
para si mesmo ou outras pessoas?
O psiquiatra ressalta que
familiares e amigos são fundamentais na busca por ajuda e no apoio ao
tratamento. Muitas vezes, são os primeiros a perceber que há algo de diferente
e apontar a necessidade de buscar auxílio psiquiátrico ou psicológico.
Além dos sintomas listados
acima, há outros sinais de mudança em pessoas que podem precisar de ajuda
psiquiátrica e/ou psicológica, como evitar contato com familiares e amigos, se
machucar, apresentar autoestima mais baixa, uso de substâncias ilícitas, desenvolver
dores físicas sem causa aparente ou sentimentos persistentes de irritação,
preocupação, melancolia, vazio ou anedonia, uma espécie de perda do prazer que
se sentia em atividades ou eventos antes prazerosos.
"A depressão é um
transtorno mental sério, quando a gente percebe que tem alguém que está com
sintomas que justificam uma atenção clínica maior, o ideal é que faça, que essa
pessoa possa buscar ajuda profissional", afirma Melo, da Federação
Brasileira de Terapias Cognitivas. "Às vezes ações como convidar um amigo
que está deprimido para ir ao cinema ou ao parque, caminhar, são coisas
terapêuticas. Não é terapia, mas é terapêutico. Pode ser que a pessoa não
esteja aberta a isso. Nesses casos, buscar um acompanhamento profissional seria
o mais indicado."
Segundo
especialistas, se você acha que alguém que você conhece tem depressão, a coisa
mais importante a fazer é ouvir. Muitas vezes, apenas falar e compartilhar seus
sentimentos pode ser uma grande ajuda para alguém com depressão. Tente ouvir
sem julgamento.
Você também
pode encorajar a pessoa a buscar atendimento médico especializado ou encontrar
outras formas de apoio. Seja paciente: não diga a alguém para "sair
dessa" ou "se animar", pois isso não é algo que uma pessoa com
depressão é capaz de fazer por si só.
Além disso, há
diversos obstáculos sociais e psicológicos antes de se chegar ao diagnóstico e
tratamento especializado, como a falta de recursos e o estigma em torno da
depressão.
O sistema de
saúde pública do Reino Unido recomenda que todas as pessoas que apresentam os
sinais listados neste texto por mais de duas semanas deveriam buscar
atendimento médico.
Mas como isso funciona na
prática?
"Devido à psiquiatria ser
uma especialidade médica, a primeira consulta com um psiquiatra tem muito em
comum com aspectos de outras consultas médicas. O primeiro passo é realizar a
anamnese, ou seja, colher um histórico clínico do paciente. Este histórico deve
ser bastante detalhado. Além disso, nesse processo são analisados hábitos como
relacionamentos pessoais e familiares, ambiente de trabalho, atividades de
lazer e hobbies", diz Silva, da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Em seguida, o psiquiatra pode
requisitar exames para identificar outras doenças ligadas aos campos da
neurologia e da psiquiatria, como Alzheimer. E ao longo de todo esse percurso,
desde a entrada no consultório, se dá o exame psíquico, com base em elementos
como a observação do comportamento, discurso, humor ou atenção, explica Silva.
"O exame psíquico é
essencial, pois a grande maioria dos transtornos psiquiátricos não são
visíveis, a não ser por suas manifestações clínicas. Nesses casos, os sinais e
sintomas são detectados a partir de técnicas e metodologias específicas de
avaliação, com calma e cuidado."
E o que o paciente deve dizer
nessas consultas? "A abertura total é importante. Você deve conversar com
seu médico sobre todos os seus sintomas, marcos importantes em sua vida e
qualquer histórico de abuso ou trauma. Informe também o seu médico sobre o
histórico de depressão ou outros sintomas emocionais em você ou em membros da
família, histórico médico, medicamentos que você está tomando (prescritos ou
não), como a depressão afetou sua vida diária e se você já pensou em
suicídio", orienta Alan Gelenberg, professor emérito da Universidade do
Arizona, em guia sobre depressão da Associação Americana de Psiquiatria.
Quais são os tipos de depressão?
Antes de explicar os diferentes
tratamentos, é importante esclarecer que há diversos tipos de depressão. Os
mais comuns são a depressão maior ou unipolar, depressão pós-parto, depressão
bipolar e transtornos depressivos induzidos por outras substâncias ou
medicamento.
"Todos precisam de
acompanhamento médico adequado, pois se não tratados podem levar a pensamentos
suicidas", afirma Silva, da Associação Brasileira de Psiquiatria.
O "transtorno depressivo
maior" ou depressão unipolar, por exemplo, é o tipo mais conhecido e se
caracteriza pelos sintomas mais conhecidos relacionados à depressão, como
tristeza e falta de interesse persistentes, além de problemas de sono e
apetite. É geralmente associada a fatores genéticos, mas pode ser desencadeada
por eventos traumáticos, como a perda de um emprego, o fim de um relacionamento
ou o surgimento de uma doença grave.
Outro tipo comum de transtorno
é a depressão pós-parto. Segundo a Associação Americana de Psiquiatria,
mulheres têm maior probabilidade de sofrer de depressão do que os homens.
Alguns estudos inclusive apontam que um terço das mulheres passará por um
episódio depressivo grave durante a vida. E parte delas enfrenta isso logo após
o parto.
O Ministério da Saúde
brasileiro define a depressão pós-parto como um quadro de tristeza, desespero e
falta de esperança que se manifesta depois do nascimento de um filho. Segundo a
pasta, "é importante ficar atento pois a condição pode afetar o vínculo da
mãe com o bebê. Entre as causas estão a privação de sono das puérperas, falta
de apoio familiar, isolamento, alimentação inadequada, vício em drogas.
Ausência de planejamento da gravidez, depressão anterior, histórico familiar de
depressão e violência doméstica são alguns dos fatores de risco".
Quais são os tratamentos para
depressão?
Conforme o estágio e a
intensidade do quadro de saúde, há tratamentos com medicamentos específicos. E,
a depender de como o paciente se sente e quais motivos levaram ele à condição
atual, haverá linhas psicoterapêuticas mais adequadas para tratar.
Um dado positivo é que, segundo
a Associação Americana de Psiquiatria, a depressão é um dos transtornos mentais
mais tratáveis. Entre 80% e 90% das pessoas com esse problema de saúde
respondem bem ao tratamento.
Grosso modo, há três linhas
principais de tratamento: a psiquiátrica, a terapêutica e a farmacoterápica,
que combina psiquiatria (uso de medicamentos) e psicoterapia geralmente para
casos de depressão moderada ou grave. Mas tudo vai depender do diagnóstico e da
gravidade do quadro.
Como dito acima, a grande
maioria dos casos de depressão leve pode ser tratada sem remédios, por exemplo.
"Nesses casos, a primeira indicação pode ser a psicoterapia porque não tem
efeito colateral, tem uma resposta mais rápida do que aquela com fármacos,
porque antidepressivos precisam de pelo menos um ano de uso para tratar
depressão. Então, se fizer psicoterapia nesses casos, você consegue melhorar
mais cedo e ainda trabalhar outras coisas que não envolvam só a depressão",
afirma Melo, da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas.
O tratamento terapêutico pode
acontecer seguindo correntes como terapia cognitiva comportamental,
psicanálise, terapia analítica (junguiana), gestalt-terapia, sistêmica,
psicodrama, entre outras.
Algumas vão recorrer a
simbologias e interpretação dos sonhos, como a terapia junguiana, por exemplo.
Outras terapias buscam focar
nas ações do presente (em uma espécie de diferenciação de tratamentos como o
psicanalítico, em que esse mesmo paciente seria recebido em consultório pelo
analista, que o escutaria sobre episódios da infância, por exemplo), como
analítico-comportamental, gestalt e terapia cognitivo-comportamental, uma das
abordagens mais comuns para casos de depressão, que por meio da conversa entre
paciente e terapeuta ensina o paciente a identificar e lidar com pensamentos,
crenças e sentimentos negativos, quebrando o ciclo em torno deles.
Outras se dedicam mais ao
autoconhecimento, em que o paciente faz associações livres por meio da fala e
sem interrupções do terapeuta, como a psicanálise, que incentiva o paciente a
acessar seu inconsciente e trazer à consciência o que está lhe afetando no
quadro depressivo.
No caso da psicanálise, seus
efeitos são estabelecidos na chamada "transferência" entre sujeito e
analista, ou seja, grosso modo, no momento em que o paciente permite ao
especialista (analista) a ajuda e se entrega de fato ao processo analítico. E
isso pode contribuir no tratamento da depressão como contribui com outras
modalidades de sofrimento psíquico: analisando a singularidade da experiência
daquele paciente com esse diagnóstico, evitando generalizações.
Além disso, há outras terapias
alternativas para casos mais leves de depressão, que incluem meditação,
programas de exercício físico, arteterapia, entre outras. Caberá aos
profissionais especializados identificar e acompanhar quais são mais adequadas
para cada paciente.
"Em casos mais leves, o
tratamento pode ser realizado somente com psicoterapia. Mas quadros moderados a
graves precisam também de intervenção com medicamentos e, caso haja ideação
suicida, a internação pode ser considerada", afirma Silva, da Associação
Brasileira de Psiquiatria. Segundo ele, quase 70% das mortes associadas à
depressão podem ser prevenidas com tratamento correto.
Em linhas gerais, os
antidepressivos fazem alterações químicas no cérebro para reequilibrar o humor
e a energia, por exemplo. Mas algumas vezes isso se dá com efeitos colaterais,
inclusive dependência, algo que gera medo e hesitação entre pacientes.
Só que esses medicamentos
acabam não surtindo efeito para algo em torno de 10% a 30% dos pacientes,
diagnosticados posteriormente com depressão resistente ao tratamento,
refratária ou não responsiva.
Uma das abordagens usadas para
esses pacientes específicos é a estimulação magnética transcraniana (EMT), uma
técnica não invasiva que estimula o cérebro com ondas magnéticas. O paciente
fica acordado durante as sessões.
Como ter acesso a tratamentos
para depressão pelo SUS?
Segundo a OMS, a depressão é a
principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma
significativa para a carga global de doenças. Segundo dados da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Brasil, foram 576,6 mil afastamentos por
transtornos mentais e comportamentais em 2020.
"Ainda precisamos de um
sistema público em saúde mental no Brasil que ofereça todo o suporte necessário
ao padecente de transtornos mentais, que deve contar com o princípio de
integração entre os diversos serviços, constituindo um sistema integrado de
referência e contra referência no qual as unidades devem funcionar de forma
harmônica, complementando-se, não se opondo nem se sobrepondo um ao outro, não
concorrendo e nem competindo entre si", afirma Silva, da Associação
Brasileira de Psiquiatria.
No SUS, pacientes podem buscar
orientação e tratamento em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços
Residenciais Terapêuticos (SRT), Centros de Convivência e Cultura, ambulatórios
multiprofissionais, Unidades de Acolhimento (UAs), hospitais especializados e
hospitais-dia de atenção integral. Parte dos medicamentos está disponível na
rede de Farmácia Popular.
Segundo o Ministério da Saúde,
há 2.742 CAPS espalhados por 1.845 cidades do país. Eles atendem todos os casos
de depressão e isso inclui os quadros moderados e severos.
O atendimento não é feito
apenas por médicos nessas unidades, mas também por psicólogos, assistentes
sociais, nutricionistas, entre outros profissionais de saúde das equipes
multidisciplinares.
Se os casos forem mais graves,
os pacientes são encaminhados para hospitais especializados. Se houver
diagnóstico da forma mais leve do transtorno, pode haver um direcionamento para
uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Além da rede pública de saúde,
é possível também buscar orientação e tratamento em iniciativas de atendimento
psicológico gratuitas ou de baixo custo (valor social), como aquelas oferecidas
por universidades (como USP, UFBA, UFSC, UFPR e UFPA), entidades de classe
(como Sindicato dos Psicanalistas do Estado de São Paulo e Associação Brasileira
de Psicodrama), entre outros.
Por fim, Silva, da Associação
Brasileira de Psiquiatria, lembra que os pacientes, depois de todos os
obstáculos para conseguirem diagnóstico e tratamento, ainda precisam enfrentar
o estigma em torno da depressão, uma "discriminação que pode ser tão
incapacitante quanto a própria doença" e afeta inclusive a recuperação e
reabilitação do paciente.
"O combate ao estigma é
primordial para que o portador de doença mental viva de forma independente e
autônoma, tenha oportunidades de trabalho, persiga suas metas e usufrua de
oportunidades com dignidade e plena inserção social."
Caso você esteja pensando em cometer
suicídio, procure ajuda no Centro de Valorização da Vida e o Centro de Atenção
Psicossocial (CAP) da sua cidade. O CVV (https://www.cvv.org.br/) funciona 24
horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por
e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o
Brasil.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-59400629. Acesso em 24/11/2021.
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