De acordo com os participantes, esses encontros são “um espaço
de fraternidade que reúne representantes de movimentos populares de todas as
latitudes do planeta, de diferentes religiões e culturas. São catadores, recicladores,
vendedores ambulantes, costureiros, artesãos, pescadores, camponeses,
construtores, mineiros, trabalhadores em empresas recuperadas, todos os tipos
de cooperativistas, trabalhadores em ofícios populares, trabalhadores cristãos
em vários ofícios e profissões, trabalhadores em bairros e favelas”.
Este quarto encontro foi precedido de uma reunião de trabalho
realizada em julho deste ano com representantes de movimentos populares das
Américas (Norte, Central e Sul), Europa, África e Ásia. Durante o evento
internacional em julho foi discutido o impacto da pandemia de Covid-19 sobre os
trabalhadores, principalmente os mais pobres, e os dilemas que a humanidade
enfrenta hoje, onde se inclui o que os participantes chamam de os 3Ts: terra,
casa e trabalho, que são considerados como três “direitos sagrados” que
moldaram os diálogos com Francisco nos três encontros anteriores (no Vaticano,
em 2014 e 2016; e em Santa Cruz de la Sierra, em 2015).
“O Papa Francisco é a
principal liderança mundial em oposição ao ódio, ao preconceito e à indolência
e que tem denunciado o sistema capitalista como sendo o responsável pelo
aumento do desemprego, fome e desigualdade social”, afirma Raimundo Bonfim,
coordenador nacional da Central de Movimentos Populares.
Raimundo
Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), um dos
participantes que representarão os movimentos populares do Brasil, considera
fundamental o encontro com o Papa Francisco diante da situação em que se encontra o país sob o governo
de extrema direita de Jair Bolsonaro.
“Será um momento singular, principalmente pela situação
política, econômica e social que atravessamos. Uma ótima
oportunidade para falarmos sobre a nossa visão de mundo, que comungamos com o
Papa Francisco, como conceitos que envolvem paz, solidariedade, justiça social,
amor e fraternidade, e que se contrapõem ao que prega o presidente Jair
Bolsonaro, que é norteada pelo ódio, preconceito e violência; um governo
responsável por 20 milhões de pessoas passando fome e 15 milhões
desempregados”, lembra Bomfim.
O coordenador
da CMP reafirma a importância do papel do chefe da Igreja Católica frente às
injustiças promovidas pelo capitalismo mundial. “O Papa Francisco é a principal liderança mundial em
oposição ao ódio, ao preconceito e à indolência e que tem denunciado
o sistema capitalista como sendo o responsável pelo aumento do desemprego, fome
e desigualdade social”, enfatiza.
Durante o
encontro será lançado o documento que foi construído a partir da reflexão do
encontro das lideranças realizado em julho e que conterá também considerações
do Papa Francisco. O papa também fará a entrega de uma mensagem aos
participantes. Ainda integra a programação a exibição do vídeo “A força do
nós”. A transmissão do encontro será realizada pelas redes sociais e canais dos
movimentos populares e através dos canais de YouTube do Vatican News e do
Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.
Fonte: https://pt.org.br/encontro-do-papa-francisco-com-liderancas-sociais-afirma-luta-pela-igualdade/.
Acesso em 17/10/2021.
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