O levantamento do
IDados, realizado com base em informações do Instituto de Geografia e
Estatística (IBGE), afirma que atualmente há 46 milhões de pessoas negras
ocupadas no mercado de trabalho.
Representantes de mais de 54% da população no Brasil,
os negros e negras que recebem um salário mínimo também não conseguiram
estudar. A pesquisa afirma que 69,2% não tiveram acesso à escolaridade.
Para o secretário Nacional de Combate ao Racismo do Partido
dos Trabalhadores (PT), Martvs Chagas, o levantamento só
reforça o racismo estrutural do país.
“O
levantamento demonstra mais uma vez o que nós, militantes do movimento negro e
dos partidos progressistas, temos repetido desde o começo da pandemia: que a
população mais prejudicada é a população negra. A questão se torna ainda mais
nítida sobre o caráter racista do problema econômico, quando se percebe que,
mesmo com escolaridade superior – que é minoria -, a população negra ainda é a
que tem a menor remuneração. Não podemos aceitar o retrocesso que esse
desgoverno trouxe para o país, mas principalmente para o povo pobre e preto”,
ressalta.
Ensino superior
Outro dado da
pesquisa aponta que, entre as pessoas negras com ensino superior completo,
13,4% recebem um salário mínimo. Em 2012, esse percentual era de 8,9%. Isso
significa que mesmo os que se graduaram continuam a receber salários
baixíssimos.
O levantamento
foi elaborado a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
(Pnad), do segundo trimestre de 2021.
Fonte:
https://pt.org.br/de-30-milhoes-que-vivem-com-um-minimo-20-milhoes-sao-negros-ou-negras/.
Acesso em 23/09/2021.
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