Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira, enquanto Jair
Bolsonaro promovia sua parada militar pelo voto impresso. No ano, o IPCA
acumula alta de 4,76% e, nos últimos 12 meses, de 8,99% – acima dos 8,35%
observados no período imediatamente anterior. Em julho de 2020, a variação
mensal havia sido de 0,36%.
“O mês de julho teve muita influência de energia,
combustíveis, monitorados e alimentos. Foi uma alta com várias causas”,
explicou o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida. “A alta de
combustíveis e energia pesou muito no orçamento das famílias ao longo dos
últimos meses, além da alta das carnes. São os principais motivos para a
trajetória da inflação.“
Segundo o IBGE, todas as regiões pesquisadas
apresentaram variação positiva em julho, e dos nove grupos de produtos e serviços
pesquisados, oito sofreram alta. A maior variação (3,10%) e o maior impacto
(0,48 p.p.) vieram de Habitação. A segunda maior contribuição (0,32 p.p.) veio
do grupo Transportes (1,52%). Na sequência veio Alimentação e bebidas (0,60% e
0,13 p.p.), com resultado também acima do registrado em junho (0,43%).
Como era de se esperar, a energia elétrica (7,88%)
registrou o maior impacto individual no IPCA de julho (0,35
p.p.). A bandeira tarifária vermelha patamar 2 já vigorava em junho, mas a
partir de 1º de julho houve reajuste de 52% no valor adicional da tarifa, que
subiu de R$ 6,243 par R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos.
Os preços do gás de botijão (4,17%) e do gás encanado
(0,48%) também subiram, assim como os de combustíveis (1,24%) aceleraram em
relação a junho (0,87%). Em particular, a gasolina teve alta de 1,55%, enquanto
havia subido 0,69% no mês anterior, contribuindo com 0,09 p.p. no índice do
mês.
Em Alimentação e bebidas (0,60%) a alimentação no
domicílio passou de 0,33% em junho para 0,78% em julho, principalmente por
conta das altas do tomate (18,65%), do frango em pedaços (4,28%), do leite
longa vida (3,71%) e das carnes (0,77%).
Em postagem no Twitter, Luiz Inácio
Lula da Silva lamentou a tragédia econômica do desgoverno Bolsonaro. “Dados que
o governo Bolsonaro não faz desfile pra exibir. Nos últimos 12 meses: Arroz
subiu 48%; Feijão subiu 22%; Carne subiu 38%; Leite subiu 11%; Gás subiu 24%;
14,8 milhões de brasileiros desempregados e fila do osso”, publicou em seu
perfil. Em 2003, Lula assumiu com a inflação anual em 12,53%. Entregou o cargo
em 2010 com o índice em 5,90%.
Fonte: https://pt.org.br/sem-governo-inflacao-e-a-maior-em-19-anos-e-segue-aumentando/.
Acesso em 10/08/2021
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