A posição no pódio, no entanto,
"ofuscou" uma marca importante obtida por Piu: ele correu o quarto
melhor tempo da história dos 400 metros com barreira — estabelecendo um novo
recorde brasileiro e sul-americano.
O brasileiro fez a prova em 46s72 — menos de um segundo atrás do campeão da prova, o norueguês Karsten Warholm, que marcou 45s94 e estabeleceu novo recorde mundial. A prata ficou com o americano Rai Benjamin (46s17).
Piu correu apenas dois centésimos mais devagar que o recorde mundial anterior, de 46s70, que também pertencia a Warholm. Essa marca havia sido obtida por ele em Oslo no mês passado, e o recorde até então na prova era um dos mais antigos no atletismo.
Por 29 anos, o recorde
mundial dos 400 metros com barreira foi de 46s78, do americano Kevin Young, nos
Jogos de Barcelona 1992. Na terça-feira, Santos conseguiu correr seis
centésimos de segundo mais rápido do que isso.
Quem é Piu?
Aos 21 anos,
esta é a estreia do paulista de São Joaquim da Barra (SP) em Olimpíadas. Com 2
metros de altura e 76kg, Alison é atleta do Esporte Clube Pinheiro, da capital
paulista.
Ele já foi
vice-campeão no Mundial de Revezamento neste ano (4x400m misto), campeão
sul-americano em 2019 e ouro nos Jogos Pan-americanos de Lima 2019.
Uma das
características físicas mais marcantes do brasileiro são as cicatrizes que
possui na cabeça. Alison sofreu um acidente doméstico quando ainda era bebê —
aos 10 meses de idade, uma panela com óleo quente caiu em cima dele. Ele ficou
internado por dois meses.
Após a prova,
Alison comemorou bastante seu bronze, dançando no Estádio Olímpico de Tóquio
enrolado em uma bandeira do Brasil — e com motivos de sobra para isso.
O resultado
quebrou um jejum de 33 anos do Brasil, que voltou ao pódio em uma prova
individual de corrida pista pela primeira vez desde a prata de Joaquim Cruz e o
bronze de Robson Caetano em Seul 1988.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-58075271.
Acesso em 03/08/2021.
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