A data é um estímulo para a reflexão, a
fim não só de que todas as pessoas tenham seus direitos garantidos, como também
se unam para lutar contra o preconceito.
Por que precisamos do Dia do Combate à Discriminação Racial?
1. Negros têm mais
chances de serem assassinados
Das vítimas de assassinato em todo o
país, entre 2008 e 2018, 75% eram
negras. O Atlas
da Violência, responsável por coletar esses números, aponta
também que isso significa que se você for um homem negro, você corre 74% mais
riscos de morrer assassinado. A mesma pesquisa ainda afirma que o número de
assassinatos de pessoas negras subiu 11,5% nessa década, enquanto homicídios de
não-negros caiu quase 13%.
Isso está diretamente associado à violência
policial e às principais famílias que sofrem com os
confrontos. O Fórum
Brasileiro de Segurança Pública mostrou que 75,4% das vítimas de intervenção policial realizadas
em 2017 e 2018 eram negras. E há morte para todos os lados: apesar dos negros
serem apenas 34% dos policiais no país, eles representam 51,7% dos profissionais mortos
em serviço. A "bala perdida" no Brasil encontra com muita frequência
os mesmos corpos, né?
2. Ainda há pouca representatividade
A
gente já cansou de falar sobre a importância da
representatividade por
aqui, não é? Pois é, para os negros, essa meta ainda está distante. O estudo "Desigualdade
Racial" do
IBGE apontou que pessoas pretas e pardas ocupavam apenas 29,9% dos cargos gerenciais no
país. Por outro lado, os brancos eram quase 69%!
Ainda
de acordo com a pesquisa, apenas 24,4% dos deputados
federais eleitos em 2018 eram
pretos ou pardos,
mesmo os negros sendo a maioria
no Brasil. E essa falta de
representatividade é visível em todos os aspectos. O levantamento
"Todxs?" afirma
que as mulheres negras estrelam apenas 21% das propagandas televisivas, enquanto as mulheres brancas ocupam 74% da
liderança das peças.
3. Mulheres negras são as maiores vítimas de violência
O
Atlas da Violência e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública também apontam
para dados específicos sobre as mulheres negras. O primeiro estudo revela que as negras representam 68% das vítimas de feminicídio entre 2008 e 2018. E, nesse mesmo período, o
número de assassinatos dessas mulheres subiu 12,4%.
O
assassinato é, sem dúvida, a última etapa de um ciclo de violência, mas até lá, existem muitos atos nocivos, que desrespeitam a
liberdade da pessoa - como a
violência sexual. O Fórum aponta que, de todas as vítimas de estupro em 2017 e 2018 no Brasil, 51% eram mulheres negras.
4. A diferença de renda entre as raças é grande
A desigualdade de renda entre as raças é outro
problema grave. O estudo do
IBGE afirma que, de todas as pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no
Brasil, 32,9% eram pretas ou pardas. Já os brancos,
representam apenas metade desse índice. Isso significa que, da população que vive com
menos de U$5,50 por dia,
a maioria é negra.
O levantamento da empresa
Catho também
sinaliza esse problema. A instituição notou a diferença de
salários entre os dois grupos e foi confirmar essa
discrepância. Eles perceberam que os trabalhadores negros ganham em média 30% a menos do que brancos.
O racismo no Brasil é
um fato e é um problema de todes nós! Precisamos falar sobre raça, preconceito e violência com
mais frequência, ensinando desde
cedo para crianças e adolescentes o básico. Racismo, além de ser simplesmente
comportamento de pessoas ignorantes, é crime. E você pode ser responsabilizado por isso!
Fonte:
https://www.ufsm.br/2021/07/02/dia-nacional-de-combate-a-discriminacao-racial-conheca-iniciativas-da-ufsm-2/.
Acesso em 03/07/2021.
https://www.purebreak.com.br/noticias/dia-nacional-do-combate-a-discriminacao-racial-4-fatos-que-provam-a-importancia-da-data/99138
. Acesso em 03/07/2021.
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