Conta-se que, na virada do dia 28 para
29 de junho de 1969, frequentadores do bar Stonewall Inn, em Nova Iorque,
iniciaram uma manifestação que durou seis dias, com protestos contra as batidas
e revistas policiais em bares da comunidade LGBTQIA+. Aliada à onda de
manifestações contra a Guerra do Vietnã e por direitos civis, a mobilização
confrontou a repressão e deu origem ao Dia da Libertação Gay, em 1970,
conhecida como a primeira Parada do Orgulho LGBTQIA+ da história.
Relatos históricos informam que, nesse dia, 28 de junho de 1969, a polícia de Nova Iorque chegou com um mandado para inspecionar o bar Stonewall Inn, como fazia regularmente. Como desta vez o donos do bar não foram avisados, quando a polícia chegou, prendeu 13 pessoas, de funcionários a frequentadores.
Dessa vez, a agressão dos policiais fez um efeito contrário, em vez de dispersar a multidão, insuflou uma reação das pessoas que estavam fora do bar e nas ruas contra aquela ação repressora. Elas se juntaram e, segundo relatos de pessoas que estavam em Stonewall, ao tentar prender uma mulher LGBT, o policial acabou por bater a cabeça dela na viatura e ela começou a pedir apoio do restante do grupo, gritando para que as pessoas começassem a jogar os materiais em volta nos policiais.
Em pouquíssimo tempo, a rebelião começou, a polícia teve de se proteger dentro do bar e os manifestantes continuaram até outros policiais e bombeiros chegarem ao local. Depois deste episódio, manifestações nos arredores da cidade ocorreram por cinco dias e envolveram milhares de pessoas.
Centenas de milhares de pessoas em todo o mundo, em todos os tempos e ainda hoje são, sistematicamente, excluídas do usufruto dos direitos sociais e até mesmo à vida pelo simples fato de serem LGBTQIA+. Os assassinatos são cotidianos. O Brasil é considerado um dos países que mais discrimina e mata pessoas LGBTQIA+ no mundo.
Um relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), divulgado em maio deste ano, o Brasil ocupa o primeiro lugar, nas Américas, em quantidade de homicídios de pessoas LGBTQIA+ e também é o líder em assassinato de pessoas trans no mundo. Dados do Grupo Gay da Bahia (GGB) dão conta de que, a cada 19 horas, uma pessoa LGBTQIA+ é assassinada no País.
A Rede Trans Brasil informou, também em maio de 2021, que a cada 26 horas, aproximadamente, uma pessoa trans é morta no Brasil e que a expectativa de vida dessas pessoas é de 35 anos. Por isso, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ se estendeu para o ano todo e elegeu o mês de junho ao Mês do Orgulho LGBTQIA+.
Fonte: https://www.sinprodf.org.br/editorial-o-dia-internacional-do-orgulho-lgbtqia-e-a-luta-por-respeito-e-inclusao/.
Acesso em 28/06/2021
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