George Floyd: um ano depois, EUA relembram assassinato que desencadeou protestos pelo mundo



Os Estados Unidos relembram nesta terça-feira (25) o assassinato de George Floyd, exatamente um ano depois da morte do homem negro durante ação policial em Mineápolis. Atos contra o racismo e em memória do ex-segurança estão marcados para todo o país (relembre no fim da reportagem como foi a morte de George Floyd).


As homenagens e protestos vêm em um momento de espera entre os americanos: o ex-policial Derek Chauvin, já condenado por um júri de Mineápolis, aguarda agora a pena, prevista para sair em 16 de junho.

De acordo com a imprensa dos EUA, o presidente Joe Biden deve se reunir com a família de Floyd na Casa Branca. No encontro, eles devem falar sobre uma proposta de reforma na polícia que tramita no Congresso.

A ideia dos democratas era já votar uma nova lei nesta terça, mas parlamentares admitem que a análise pode demorar mais tempo. A tendência é que o texto seja aprovado, já que parte dos republicanos aprova a medida, segundo a rede NBC.

Pelas cidades, protestos e memoriais devem acontecer ao longo do dia. As manifestações já começaram no domingo. Em Mineápolis, onde Floyd foi morto, está prevista uma vigília em homenagem a ele.


Além disso, em Nova York, o prefeito Bill de Blasio pretende se ajoelhar por 9 minutos e 29 segundos — exatamente o tempo que durou o sufocamento de Floyd. Líderes religiosos e políticos devem participar do ato.


George Floyd morreu em 25 de maio de 2020 após ter o pescoço pressionado pelo joelho do policial Derek Chauvin, em Mineápolis, por 9 minutos e 29 segundos.

A polícia estava no local porque o ex-segurança negro, com 46 anos, teria tentado pagar uma conta em uma mercearia com uma nota falsa de US$ 20. Imagens mostradas mostraram que Floyd não ofereceu resistência à abordagem dos agentes.


A violência policial contra um homem negro e pobre — mais um caso entre tantos — gerou uma série de protestos em Mineápolis que logo se espalharam para diversas partes dos Estados Unidos.


Durante semanas, ruas das maiores cidades americanas ficaram lotadas de manifestantes que protestavam contra o racismo, em uma mobilização que atravessou fronteiras e chegou a outros países.


O tema entrou na pauta das eleições presidenciais de 2020. O então candidato do Partido Democrata, Joe Biden, escolheu a senadora Kamala Harris, uma mulher negra e ex-procuradora, como candidata a vice-presidente. A chapa venceu o então presidente Donald Trump e se elegeu para o mandato que começou em janeiro.


Quatro policiais que participaram da ação que terminou em morte foram presos, mas a expectativa era maior justamente do julgamento de Chauvin, que era o homem flagrado com o joelho sobre o pescoço de Floyd. Os demais devem comparecer ao tribunal em agosto.

A defesa de Chauvin tentou argumentar, ao longo do processo, que Floyd morreu em decorrência do uso de drogas e que a manobra aplicada estava dentro dos padrões da polícia de Mineápolis. Entretanto, a versão foi rechaçada tanto por exames médicos quanto por depoimentos de chefes policiais e médicos legistas.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/05/25/george-floyd-um-ano-depois-eua-relembram-assassinato-que-desencadeou-protestos-pelo-mundo.ghtml. Acesso em 25/05/2021.

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