Na mitologia yorubá,
o BAOBÁ aparece na construção simbólica do princípio de tudo, conexão
fundamental entre tudo que existe material e o mundo sobrenatural.
BAOBÁ é uma
espetacular árvore africana, que tem em média 30 metros de altura e 11 de
circunferência. Extremamente resistente a intemperes da natureza, chega a durar
6.000 anos e sua semente leva dez anos para germinar. Inacreditavelmente
consegue concentrar cem mil litros de água e sua formosa copa atrai a todos.
Por conta dessa magnifica opulência nasceu uma extensa produção de folclore
acerca de sua existência. Assim, o BAOBÁ é parte da história e cultura
africana.
Além de tudo, as
folhas, sementes e frutos são alimentos riquíssimos, sua madeira tem inúmeras
aplicações desde a construção civil até a produção de instrumentos musicais, e
nas entranhas do seu tronco normalmente são construídas cisternas comunitárias.
O acúmulo de
água no seu tronco oco é uma dádiva: os 120.000 litros de água são importantes
para os períodos de seca, ou os viajantes que a encontram nas peregrinações.
Abre-se um buraco no caule, usa-se água; quando a água esgota o tronco fica oco
e passa a servir de abrigo para animais e domicílios para famílias.
Por isso
representam a vida, fertilizada, cura em abundância, a árvore da vida.
Há uma triste notícia
envolvendo os BAOBÁS: essas árvores majestosas estão morrendo.
Na busca de descobrir
o porquê a árvore dura tanto, cientistas descobriram que elas estão morrendo a anos
ou décadas. Os pesquisadores não encontram sinais de epidemia ou doença, o que os
levou a sugerir que a mudança climática no sul da África poderia ser a culpa –
mas eles enfatizam que mais pesquisas são necessárias para confirmar essa
ideia.
Em um caso, os
pesquisadores observaram que em 2010 e 2011, todos os caules de Panke, uma
árvore gigante e sagrada do BAOBÁ, no Zimbábue, caíram e morreram. A equipe
estima que a árvore tinha 2.450 anos, tornando-a a mais velha conhecida como BAOBÁ
e angiosperma africano com data precisa. Outras árvores no sul da África também
morreram completamente ou tiveram colapso parcial do caule.
Salve a mãe África,
com sua rica Diversidade, História e Cultura.
Fonte – Revista Raça
Brasil, Ano XXII, edição 223, pp. 60-61. São Paulo: Pestana, 2021. Acesso por
assinatura. https://revistaraca.com.br/wp-content/uploads/2021/03/Revista-Raca-223-DIGITAL-OK_compressed.pdf.
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