O Natal é uma
festa que comemora o nascimento
de Jesus entre os homens. Esta
homenagem ao Menino Jesus é, ao lado da Páscoa, a cerimônia mais respeitável do
calendário cristão. Este evento desperta entre os cristãos do mundo todo
sentimentos de solidariedade e fraternidade, instaura-se no Planeta um clima de
amor e união. Apesar de hoje estar subvertida pelo consumismo voraz, sufocada
pelo materialismo vigente, esta festa preserva um significado especial, como se
realmente Jesus renascesse entre nós. Mesmo os que não acreditam na vinda do
Messias se deixam contagiar pela atmosfera reinante na Terra.
A
palavra Natal vem do latim ‘natális’, com origem no verbo ‘nascor, nascéris,
natus sum, nasci’, denotando nascer, ser inserido no mundo. Os cristãos
primitivos tinham o hábito de cultivar cada passagem da vida de Jesus,
especialmente os que estão ligados à Paixão e à Morte na Cruz. Mas,
curiosamente, naquela época não se comemorava o aniversário de ninguém,
portanto não se considerava importante gravar o dia do nascimento das pessoas.
Por esse motivo não se legou para a posteridade a data do aparecimento de Jesus
em nosso mundo. No século IV, o Papa Júlio I instituiu o dia 25 de dezembro
para a comemoração do Natal. Sua celebração oficial foi decretada pelo Papa
Libério, no ano 354 d.C. Isso não significa que Jesus tenha realmente nascido
neste dia.
O
Natal é uma festa que, na verdade, ocupa o lugar de uma comemoração pagã, um
culto ao deus Mitra, divindade persa que revelava o retorno do Sol no auge do
inverno no Hemisfério Norte – fenômeno chamado de Solstício de
Inverno. A veneração a este deus teve início em Roma no último século antes da
vinda de Cristo, e era uma das religiões que mais agradava ao povo romano
durante o Império. Aos poucos o Cristianismo foi moldando essa celebração à sua
imagem e semelhança. Assim, a Igreja não precisou proibir estas festas pagãs,
mas apenas realizar uma espécie de sincretismo religioso, conferindo-lhes um
caráter cristão.
Segundo
a visão bíblica, no mês que, pelo calendário gregoriano, está em correlação com
o mês judaico da época do nascimento de Jesus, a segunda metade de dezembro, o
frio seria tão intenso que não se encontraria ninguém fora de um abrigo, mas
Lucas, em seu Evangelho, se refere a pastores que habitavam ao ar livre com
seus rebanhos na região onde Jesus nasceu. Assim, os pesquisadores acreditam
que o Messias não pode ter nascido neste momento, mas sim em algum período na
primavera ou no verão. Mas também pode ser que esta passagem evangélica seja
apenas simbólica.
O
Natal é impregnado de magia, é um ritual que, ao longo do tempo, englobou
cultos, canções específicas, dramas religiosos, entre outros elementos.
Atualmente, várias festas são realizadas, como o Auto de Natal – uma pequena
reprodução do nascimento de Jesus, desde a Anunciação do anjo Gabriel à Maria
até a visita dos Reis Magos –;
a Folia de Reis -
festa de origem portuguesa que relembra anualmente a visita dos Reis Magos a
Jesus, entre outras. A Árvore de Natal simboliza a transformação da vida, o
nascimento do Messias, o pinheiro foi eleito em função de suas folhas estarem
sempre viçosas, plenas de vida. Esta tradição apareceu pela primeira vez na
Alemanha. A troca de presentes é uma herança das oferendas dos Reis Magos ao
Menino Jesus por ocasião de seu nascimento. As velas significam boa vontade, a
receptividade das pessoas. Os cartões apareceram na Inglaterra em 1843, foram
concebidos por John C. Horsley, que elaborou o primeiro deles para doá-lo a um
amigo. Já os alimentos próprios do Natal representam a abundância, uma vez que
na Antiguidade grande parte das pessoas passava fome e valorizava a carne como
um prato de extrema importância.
O
Presépio é um retrato da gênese de Jesus em uma estrebaria, tendo como berço a
manjedoura. São Francisco de Assis foi o artífice do primeiro presépio, em
1223. Hoje este ritual se perpetua, não mais nas mãos de uma elite ou de ordens
religiosas, mas sim através da tradição popular.
Papai
Noel, por sua vez, foi baseado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira, no
século IV. Ele costumava auxiliar, anonimamente, qualquer pessoa que se encontrasse
com problemas financeiros. São Nicolau tinha o hábito de depositar um saco com
moedas nas chaminés das casas dos seus protegidos. Depois de ser declarado
responsável por vários milagres, ele foi declarado santo e tornou-se um símbolo
do Natal, a partir também da Alemanha.
Fonte: https://www.infoescola.com/cristianismo/natal/
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