Aconteceu hoje (22/03/2017) na Câmara de Vereadores de
Governador Mangabeira, uma palestra com o PROFESSOR
BORGES, acerca da REFORMA DO ENSINO
MÉDIO, aprovada no GOVERNO GOLPISTA
de Michel Temer. Reforma essa que não foi discutida com os movimentos sociais,
os professores, alunos, pais, especialistas e a sociedade de modo geral. O
evento foi promovido pela APLB Sindicato,
fruto de um conjunto de atividades em oposição a reforma da previdência
apresentada pelo governo ilegítimo de Temer.
Durante a palestra o professor Borges, realizou um breve
histórico acerca do ensino médio no Brasil, bem como, elucidou as principais aspectos da lei (PLV 34/2016), que implementa o novo ensino médio no
país. Abaixo, consta uma síntese dessas mudanças.
Em tem, parabenizamos a APLB local, através das professoras
Alina Rita e Marlene Borges, pela realização dessas atividades, bem como, as
professores e os professoras das redes municipal e estadual pela presença nos
eventos, demonstrando a força da categoria e ao mesmo tempo dizendo não as ideias
desse governo golpista em querer tirar direitos da classe trabalhadora
brasileira.
REFORMA DO ENSINO MÉDIO – PRINCIPAIS MUDANÇAS
•
Carga horária anual-
Aumentará de 800 para 1.400 de forma gradual, nos cinco primeiros anos as
escolas devem atingir 1.000 horas.
•
60% dessa carga horária será preenchida
com Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os 40% serão optativos, segundo
interesse do aluno e voltados para as realidades local e regional.
•
Carga horária diária - passará para cinco horas no prazo de cinco
anos. Depois aumentará para sete horas
diária para ofertar educação em tempo integral.
•
O aluno escolherá as disciplinas
que deseja cursar conforme sua área de interesse a partir da segunda metade do
ensino médio.
•
Disciplinas
obrigatórias – apenas matemática, língua portuguesa e língua estrangeira
nos três anos.
•
As outras disciplinas irão depender da
aprovação da BNCC.
•
A
BCCN – tem por objetivos definir as bases gerais de cada
componente curricular e as possibilidades metodológicas de abordagem desses
componentes ao longo da educação básica.
Para entrar em vigor precisa ser aprovada pelo Conselho nacional de
Educação.
•
Será utilizado um sistema de módulos e
de créditos no decorrer do ano letivo.
•
Itinerários formativos -
linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da
natureza e suas tecnologias, ciências humanas e sociais aplicadas e formação
técnica e profissional.
•
As escolas serão obrigadas a oferecer
pelo menos uma dessas áreas aos estudantes.
•
Cada Estado organizará seu currículo.
•
Ensino técnico -
o aluno poderá optar por uma formação técnica profissional durante o ensino
médio regular e, ao final dos três anos, ser certificado tanto no ensino médio
como no curso técnico.
•
Livros didáticos - serão articulados por área do conhecimento,
unificando as disciplinas.
•
Créditos
– os alunos poderão utilizar as disciplinas cursadas no ensino médio na universidade.
•
Avaliação - Os
conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação processual e formativa
serão organizados nas redes de ensino por meio de atividades teóricas e
práticas, provas orais e escritas, seminários, projetos e atividades online, de
tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: I – domínio dos princípios científicos e
tecnológicos que presidem a produção moderna;
II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem.”
•
Notório saber –
profissionais com bacharelado poderão ministrar aulas em disciplinas dos cursos
técnicos e profissionalizantes.
•
Prazos
- A partir da publicação da BNCC, os sistemas de ensino terão o ano letivo
seguinte para estabelecer o cronograma de implantação das principais
alterações, e iniciar o processo de implementação a partir do segundo ano
letivo.
•
A previsão do governo para a
implementação do “novo” ensino médio é 2019.
•
As escolas particulares, também terão
que seguir as novas regras.
•
Recursos –
repasse de verbas do Governo Federal para as escolas por 10 anos, a partir da
implementação dos sistema. Cada escola receberá R$ 2 mil por ano para cada aluno.
•
Críticas
dos especialistas
•
O governo apresentou as mudanças
através de uma medida provisória, sem consultar a sociedade e especialistas.
•
Separação entre quem terá formação
operária e quem terá a formação intelectual.
• A reforma não leva em consideração
a formação continuada de professores e
professoras, bem como, não menciona a valorização salarial.
• As mudanças não enfatizam o ensino
médio noturno, como a EJA.
•
As escolas estão com dificuldades de
recursos, sejam humanos, técnicos ou financeiros para implementarem as
reformas.
•
O perigo que as escolas sejam
transformadas em uma espécie de colégio interno, com a suposta ideia de
educação em tempo integral.
•
Confusão entre BNC e currículo.
•
Filosofia e sociologia como disciplinas
optativas.
•
O problema da educação no Brasil não
está no número de disciplinas, mas na falta de articulação entre elas.
•
Perigo de uma elevada concentração de
alunos em uma determinada área na segunda metade do ensino médio.
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