Entidades
brasileiras celebram, neste sábado (21), o Dia Nacional de Combate à
Intolerância Religiosa. A data foi instituída em 2007 depois da morte da
sacerdotisa do candomblé Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda. Após
ter a casa e o terreiro de candomblé em Salvador, invadidos por grupos de outra religião e o marido
agredido, a iyalorixá morreu em decorrência
de um infarto. Atualmente, o dia é uma oportunidade para atentar sobre a
necessidade de se respeitar a diversidade religiosa e, assim, reduzir os casos
de crimes de ódio no País.
Segundo dados da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH),
vinculada ao Ministério da Justiça, entre janeiro e setembro de 2016 (dado mais
recente disponível), foram registradas 300 denúncias de intolerância religiosa,
pelo Disque 100. Na comparação com o mesmo período do ano passado, que teve 146
denúncias, foi registrado um aumento de 105%, sendo que 70% dessas denúncias
são relacionadas às religiões de matriz africana.
O aumento, porém, pode ser ainda maior, pois os
dados do ano inteiro não foram consolidados. E apesar do número alarmante, nem
todos denunciam as agressões sofridas.
O Dia Nacional de Combate à
Intolerância Religiosa deve ser todos os dias, em todos os lugares, pois ainda
falta muito para que as diversas formas de intolerâncias sejam coisas do
passado e que os direitos humanos sejam garantidos para todas e todos, religiosos
ou não.
Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/06/1648607-a-cada-3-dias-governo-recebe-uma-denuncia-de-intolerancia-religiosa.shtml
http://www.pt.org.br/dia-nacional-de-combate-a-intolerancia-religiosa/
http://www.vermelho.org.br/noticia/291138-1
0 Comentários