Os cardeais que vão escolher o sucessor de Bento XVI começaram, nesta quarta-feira (6), a discutir o perfil do novo papa. Durante a reunião da quarta congregação geral, estavam presentes 153 cardeais, 113 deles eleitores. Agora, faltam chegar apenas dois: um polonês e um vietnamita com direito de voto.
Há suposições de que há uma nova ordem de silêncio, já que os cardeais estão mais arredios. O juramento que eles fazem durante as congregações é apenas para não revelar o conteúdo das reuniões.
O porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, não soube explicar se houve uma proibição do chefe do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano. Em 2005, foi o então decano Joseph Ratzinger a impor o silêncio durante as congregações.
No encontro pela manhã, os temas discutidos foram a Igreja no mundo de hoje, a participação dos bispos nas decisões centrais e o perfil do futuro papa. Dezoito cardeais pediram a palavra e ganharam cinco minutos para expor as suas ideias. Em três dias, 51 deles falaram em público.
As informações sobre o dossiê do caso dos documentos secretos do Vaticano teriam sido, até agora, muito vagas no plenário das congregações, mas poderão ser passadas aos cardeais em conversas paralelas.
Na quinta-feira (7), o encontro também acontecerá na parte da tarde. A data do conclave, porém, ainda não foi decidida.
Imagens da Capela Sistina já em preparação foram divulgadas pela TV do Vaticano. O mármore do chão está sendo protegido por tábuas de madeira, para depois receber um piso realçado, de 50 a 60 centímetros. As mesas serão cobertas por tecidos que já estão sendo costurados. As duas estufas já começaram ser instaladas para queimar os votos e produzir a fumaça que dirá se o papa foi ou não eleito.
Os cardeais americanos, que vinham concedendo uma entrevista coletiva todas as tardes, cancelaram o encontro de hoje, o que confirmaria a ordem de se manter o silêncio de opinião. Fonte: JH
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