Morreu às 7h desta quinta-feira, 3, o historiador baiano Ubiratan Castro, de 64 anos, que era diretor da Fundação Pedro Calmon (FPC), ligada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Castro estava internado na UTI do Hospital Espanhol desde outubro por conta de uma insuficiência renal. O estado de saúde piorou em decorrência de uma infecção que se agravou nos últimos dias.
Ubiratan Castro era paciente renal crônico e, por isso, precisava de internação para realizar avaliações de saúde periódicas. Por conta da internação, o professor não pôde participar do lançamento do livro do autor nigeriano Wole Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura, do qual foi autor do prefácio.
A Fundação Pedro Calmon divulgou uma nota informando o falecimento do diretor. A famÃlia espera pela chegada dos filhos de Castro, que estão em São Paulo, e não divulgou informações sobre o sepultamento.
Sobre Ubiratan - Nascido em Salvador, em 22 de dezembro de 1948, Professor Doutor Ubiratan Castro de Araújo exercia, desde 2007, o cargo de diretor-geral da Fundação Pedro Calmon. Em sua formação acadêmica, era Doutor em História pela Université Paris IV-Sorbonne, Mestre em História pela Université Paris X-Nanterre, Licenciado em história pela Universidade Católica do Salvador e Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia.
Era membro da Academia de Letras da Bahia, onde ocupava a cadeira 33, cujo patrono é o poeta abolicionista Castro Alves. Foi diretor do Centro de Estudos Afro-Orientais da Ufba (CEAO), presidente do Conselho para o Desenvolvimento das Comunidades Negras de Salvador (CDCN) e é Irmão Professo da Venerada Ordem do Rosário de Nossa Senhora dos Homens Pretos a Portas do Carmo, localizada na Igreja do Rosário dos Pretos no Largo do Pelourinho.
No primeiro mandato do presidente LuÃs Inácio Lula da Silva (entre 2003 e 2006), Ubiratan Castro de Araújo trabalhou com o ministro da Cultura, Gilberto Gil, presidindo a Fundação Cultural Palmares. Desde 2007, integra o Governo Jaques Wagner, sendo diretor-geral da FPC. Entre os prêmios e tÃtulos que recebeu, destacam-se a Medalha do Bicentenário da Restauração Portuguesa da Academia Portuguesa de História, o Troféu Clementina de Jesus da União dos Negros pela Igualdade (Unegro), a Medalha Zumbi dos Palmares da Câmara Municipal de Salvador e, a mais recente, a Comenda da Ordem Rio Branco, condecoração oferecida pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. É autor dos livros: A Guerra da Bahia, Salvador Era Assim - Memórias da Cidade, Sete Histórias de Negro (primeiro trabalho ficcional do autor) e Histórias de Negro. Fonte: A Tarde
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