O Ministério Público do Estado da Bahia expediu
uma recomendação orientando para que agentes da Polícia Civil e Militar
apreendam ‘espadas’ e todos os artefatos incendiários no município de Cruz das Almas, a 146 km de Salvador.
Há ainda uma recomendação para que seja cumprida a decisão
do Tribunal de Justiça proferida em junho de 2011que reconhece a
natureza criminosa da ‘guerra de espadas’, comum durante a festa junina.
A recomendação do MP orienta ainda para que as autoridades policiais
identifiquem os depósitos de matéria-prima na capital e no interior.
A proibição tem como objetivo reduzir o número de vítimas de queimadas
com a fabricação e o uso das espadas. Segundo a Santa Casa de
Misericórdia de Cruz das Almas, em 2010, quando não havia a proibição,
315 pessoas ficaram feridas durante os festejos juninos na cidade. Em
2011, ano que já contava com a proibição, este número caiu para 79.
Mesmo proibida pela Justiça da Bahia, a tradicional "guerra de espadas" foi realizada por alguns moradores de Cruz das Almas (BA), no Saõ João de 2011.
Manifestação
Em maio de 2012, moradores do município realizaram uma manifestação no centro da cidade, solicitando a autorização para realizarem a 'guerra'. Raimundo Mendes é espadeiro há mais de sessenta anos. Ele admite que a atividade é perigosa, mas só se for praticada sem os cuidados necessários. "Tem que ter cuidado quando fabrica e ter cuidado para soltar. Olhar para onde vai soltar para ver a bichinha rabiar", conta.
Em maio de 2012, moradores do município realizaram uma manifestação no centro da cidade, solicitando a autorização para realizarem a 'guerra'. Raimundo Mendes é espadeiro há mais de sessenta anos. Ele admite que a atividade é perigosa, mas só se for praticada sem os cuidados necessários. "Tem que ter cuidado quando fabrica e ter cuidado para soltar. Olhar para onde vai soltar para ver a bichinha rabiar", conta.
A associação dos produtores de espadas defende a regularização da
fabricação e queima de fogos e a preservação da atividade como
Patrimônio Cultural da Região.
Fonte"G1/Bahia"
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