Após reunião de duas horas, na noite desta quinta-feira (14), para
discutir o futuro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma), uma das questões com discordância nas negociações da Rio+20, o
negociador-chefe do Brasil, embaixador Luiz Alberto Figueiredo, se disse
satisfeito com a posição dos países sobre o assunto e acredita num
consenso sobre o fortalecimento do programa ambiental da ONU.
Este é um ponto importante de discussão da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece no Riocentro e
entra nesta sexta-feira (15) no terceiro dia de negociações do chamado
“Comitê Preparatório”, que antecede a cúpula de chefes de Estado, que
ocorre na próxima
Segundo Figueiredo, que se reuniu com um grupo de 15 países para
discutir o Pnuma, entre eles os Estados Unidos, o fortalecimento do
programa “não está emperrado” e já "há um consenso” a respeito.
“É um tema que há um consenso grande (...) e o que estamos tentando
dizer ali é como será esse fortalecimento. A negociação não está
emperrada”, explicou o embaixador. Há um debate sobre se o Pnuma deve
ser elevado à categoria de agência da ONU ou se deve ser fortalecido de
outra forma. O Brasil defende que não deve virar agência, pois o meio
ambiente é apenas um dos três pilares do desenvolvimento sustentável, ao
lado do social e do ambiental.esteDe acordo com Figueiredo, reuniões com
grupos pequenos de países, como a que ele participou, ajudam porque
funcionam como um “teste” antes de encaminhar o texto para a plenária
geral. “Você vê se o texto funciona para aquele grupo representativo e
então consegue levá-lo para o comitê preparatório inteiro”, disse.
Nesta quinta-feira (14), segundo dia de negociações, o diretor da ONU
para o desenvolvimento sustentável, Nilckil Seth, disse que existe a
possibilidade de os debates serem estendidos para o fim de semana a
pedido dos diplomatas, que ainda não entraram em acordo sobre o
documento final da Rio+20.
Fonte"G1/Globo"
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