O texto da Lei Geral da Copa está
publicado na edição de hoje (6) do Diário Oficial da União. A norma estabelece
as regras para os jogos do Mundial de 2014 no país. A presidenta Dilma Rousseff
vetou seis pontos, mas manteve um dos aspectos mais polêmicos: a venda de
ingressos pela metade do preço para estudantes, pessoas com mais de 60 anos e
beneficiários de programas sociais de transferência de renda, entre eles, o
Bolsa Família.
No texto, não há referências sobre a liberação ou
proibição da venda de bebidas em estádios durante a Copa do Mundo de 2014. No
mês passado, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, informou que a decisão sobre
a comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios ficará a cargo dos nove
estados onde ocorrerão os jogos.
A norma estabelece as regras oriundas do acordo
feito pelo governo brasileiro e a Federação Internacional de Futebol (Fifa). No
capítulo cinco, o texto assegura que 50 mil ingressos serão colocados à
disposição para a venda de bilhetes a preços de meia-entrada. Os bilhetes serão
personalizados com a identificação do comprador e classificados em quatro
categorias – de 1 a 4.
O Instituto Nacional de Propaganda Industrial
(Inpi) será o órgão federal responsável pelo controle e cadastramento do
material de marketing sobre os jogos. O Inpi atuará em parceria com a
Fifa, de acordo com a legislação. Porém, o uso indevido de símbolos será
criminalizado.
Os jogadores das copas do Mundo de 1958, 1962 e
1970 receberão benefícios, de acordo com o texto. Eles ganharão dinheiro e
auxílio especial mensal, no caso dos que estão em dificuldades financeiras.
Segundo o texto, o auxílio poderá ser pago à mulher do jogador e aos filhos
menores de 21 anos.
Os vetos da presidenta se referem ao pagamento de
outros benefícios a atletas mais velhos, à venda de ingressos, ao serviço
voluntário em atividades que ameacem a segurança.
Há, também, a ordem para que os sistemas de ensino
ajustem os calendários escolares de tal forma que os estudantes possam
acompanhar os jogos. A ordem vale para os ensinos público e privado.
Na parte final do texto, a legislação determina
prisão até três anos para os que burlarem a lei no que se refere ao uso da
imagem da Copa do Mundo de 2014. Todos os produtos comercializados sobre o
evento devem ter autorização da Fifa, reitera o texto em vários artigos.
Em maio, o texto da Lei Geral da Copa foi aprovado
pelo Congresso Nacional sob controvérsias e uma série de divergência envolvendo,
inclusive, a Fifa. Os temas mais polêmicos se referiam à venda de bebidas
alcoólicas e à meia-entrada para estudantes e idosos.
Fonte"Agência Brasil"
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