Observatório registra 459 casos de discriminação no Carnaval

O crescimento do número de casos de violência contra a mulher se destacou no balanço realizado pelo Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT que funcionou durante todo o período de Carnaval de Salvador. Os últimos dados divulgados pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur) mostram que do total 459 casos registrados pelo Observatório, a maioria (288) ainda é relativa ao racismo. Mas os atos de violência contra a mulher tiveram um aumento significativo, passando de 91 para 153 ocorrências. Foram ainda notificados 18 casos de homofobia. Fonte: Tribuna da Bahia


Segundo o secretário Municipal da Reparação, Ailton Ferreira, não só cresceu o número de casos de violência contra a mulher como a piorou a natureza desses atos. "O tipo de atitude machista chamou a atenção de todos os órgãos envolvidos no trabalho do Observatório. Foram muitos casos de homens que tentavam agarrar mulheres à força. Alguns chegaram à agressão por não aceitarem as investidas", conta o secretário.
 Agora, o resultado do trabalho no Carnaval servirá como base para as políticas e ações a serem desenvolvidas pela Semur e instituições parceiras, como a Superintendência de Políticas para a Mulher,o Ministério Público, a Defensoria Pública, Secretaria de Segurança Pública do Estado e o Unicef.
 Ailton Ferreira destaca que o principal papel do Observatório é mudar a consciência das pessoas.  "Homens que agarram mulheres à força, não fazem isso só durante o Carnaval. Eles atuam no Carnaval como fazem no resto do ano. Temos que trabalhar mudar esse tipo de atitude", afirma o secretário. 
  
 

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