A adoção de políticas de ações afirmativas em diversos âmbitos de desenvolvimento é o diagnóstico que coloca o Brasil, dentre nove países da América Latina, como o País que mais avançou e obteve resultados sistemáticos para a diminuição das desigualdades entre jovens negros e brancos.
A avaliação é fruto do relatório “Juventude Afrodescendente na América Latina: realidades diversas e direitos (des)cumpridos”, lançado na última sexta-feira pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em Salvador. O panorama traçado pela agência da ONU só foi possível graças à inclusão das perguntas de autoidentificação étnica nos censos demográficos do Panamá, Colômbia, Costa Rica, Equador, Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador e Brasil.
Dados do Censo 2010 divulgados na última quarta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que os jovens entre 15 e 24 anos se declaram pretos e pardos (negros) mais do que adultos. Atualmente, a juventude brasileira representa um universo de 34 milhões. Destes, 18,5 milhões se declararam negros.
“Este dado é resultado das políticas de ações afirmativas, que serviram para estimular a auto classificação dos jovens em pretos e pardos”, concluiu o coordenador de disseminação de informações do IBGE, Joilson Rodrigues.
Avanços - Indicadores e pesquisas realizadas no País nos últimos anos comprovam, por exemplo, que a adoção das políticas de cotas raciais nas universidades públicas e a realização de programas como o Universidade Para Todos (Prouni) e o financiamento estudantil (Fies) possibilitaram o crescimento da presença de estudantes afrodescendentes nas instituições de ensino superior. Fonte: A Tarde
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