O Censo 2010 confirma o que já se sabia por meio de outros estudos do próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – órgão ligado ao Ministério do Planejamento do Governo Federal: a pobreza, no Brasil, tem cor.
Segundo o Censo, 11,5 milhões de pardos ou pretos se declararam pobres, contra 4,2 milhões de brancos que se declararam nessa condição. O número de pretos e pardos pobres é equivalente a 2,7 vezes o número de brancos.
O Governo Federal definiu como critério para o limite da miséria renda de até R$ 70,00 por mês. Segundo o Governo, 16,2 milhões de pessoas se encaixam nesse critério. Nesta terça-feira (10/05), o IBGE divulgou a raça declarada desse contingente de pessoas.
Para designar a cor e a raça o IBGE utiliza cinco tipos: branca, preta, parda, amarela e indígena. O critério é autodeclaratório, ou seja, é a própria pessoa quem define em que tipos se encaixa e não o pesquisador.
No Censo 2010, pela primeira vez, desde 1.872, quando ocorreu o primeiro Censo populacional no Brasil, 50,7% da população se autodeclarou preta (7,6%) e parda (43,1%). O percentual de brancos na população caiu abaixo da metade e hoje é de 47,7%.
Segundo o IBGE, desde 1872 quando ocorreu o primeiro Censo, a população cresceu quase 20 vezes: pulou de 9.930.478 para 190.755.799 milhões de habitantes.
Fonte: Afropress
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