A megaoperação da polícia civil realizada na manhã desta sexta-feira, 15, em três bairros de Feira de Santana, acabou com 20 presos, um morto e 80 quilos de drogas apreendidos. Denominada “Operação Poço”, tinha como objetivo desarticular uma das maiores quadrilhas que atuam no tráfico de drogas e tem base no bairro Queimadinha, com ramificações nos bairros Baraúnas e Parque Ipê.
Tássio Bruno Brito Ferro, 17 anos foi morto em confronto com policiais. Ele é apontado como um dos homens de confiança do chefe da quadrilha, identificado como Marilson Nunes de Jesus, “Mamai”, 29 anos. De acordo com o delegado Alexandre Narita, titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), a quadrilha vinha sendo investigada há três meses e, além do tráfico de drogas, tem envolvimento com outros delitos como homicidios.
“Tem muita gente desta quadrilha infiltrada em outros bairros e sabemos que estamos no início ainda. Com certeza, outras prisões devem ocorrer”, explicou. Ao todo, foram apreendidos cerca de 80 quilos de droga, sendo 79 quilos de maconha, 500 gramas de crack e 500 gramas de cocaína, mais de R$ 5 mil em dinheiro, três armas, três veículos, balanças de precisão e vasta munição.
Tássio Bruno, segundo a polícia, estava em um dos pontos visitados e teria ficado ferido em troca de tiros com os policiais. Levado para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), ele faleceu antes de receber atendimento médico. “Ele era o braço direito do chefe da quadrilha e, mesmo novo, tinha um histórico de crueldades, a prova disto é que tentou acertar os policiais, mas acabou sendo ferido”, frisou o coordenador da 1ª Coorpin, Fábio Lordello.
“Mamai” nega que seja líder da quadrilha e alega que está sendo acusado porque já cumpriu pena por tráfico. Com ele, a polícia encontrou duas armas, um revólver calibre 38 e um pistola .40. “Eles querem me colocar como líder que não sou. Fui pego com as armas, que eram para minha proteção, pois sou ex-presidiário e tenho alguns inimigos”, alegou.
Os presos foram autuados por tráficos de drogas, formação de quadrilha, porte ilegal de armas, mas alguns ainda responderão por homicídios e latrocínios cometidos anteriormente. “Nas investigações, descobrimos que muitos têm participação com outros delitos e serão responsabilizados por isso”, garantiu o coordenador.
A operação foi desencandeada pela DTE com o apoio das Coordenadorias de Polícia de Feira de Santana, Alagoinhas e Santo Amaro (1ª, 2ª e 3ª Coorpin, respectivamente) e do Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. Ao todo, 92 policiais estiveram envolvidos na ação, sendo 11 delegados. (A tarde)
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