Ontem, coincidentemente durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista da Igualdade Racial em Defesa dos Quilombos, um dia após a comemoração do 21 de Março (Dia Internacional contra a Discriminação Racial), fomos surpreendidos com a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, havia sido chamado de “ilustre ministro moreno escuro”, pelo deputado federal Julio Campos (DEM/MT).
Então, questionamos: Será coincidência ou o deputado cometeu um ato de racismo? Será que o deputado chamaria qualquer outro ministro do STF, não negro, de moreno claro? Não seria esta uma tentativa de invisibilizar o único ministro negro daquela corte?
Atos como este do deputado em questão, não devem ser tolerados em pleno século 21, em um país no qual o IBGE declarou que mais de 51% da população é negra, e no ano, inclusive, que a ONU elegeu como "ano internacional dos afrodescendentes" - título que representa o fortalecimento do estado brasileiro na garantia de igualdade e oportunidades à população negra e defesa de seus direitos individuais e coletivos, e, que marca fundamentalmente o enfrentamento ao racismo.
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