Em São Paulo, padre fez noiva esperar no altar para ‘devolver’ atraso.
CNBB diz que multa pode ser discutida entre igrejas e dioceses.
CNBB diz que multa pode ser discutida entre igrejas e dioceses.
A relação entre padres e noivas corre o risco de azedar quando há atrasos ou regras da igreja não são cumpridas. Em Apucarana, no Paraná, é estudada a cobrança de R$ 500 como sanção por desrespeito ao relógio, mas multas já são adotadas em outras cidades. Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), não há uma regra para todo país: cada padre deve avaliar a necessidade da medida com o bispo.
Mas os desgastes por causa do horário ou outras questões relativas à liturgia podem extrapolar a cobrança de multas e chegar até mesmo ao extremo de o padre proibir fotografias ou deixar a noiva esperando de propósito.
A designer Valkiria Zorsam casou-se em São Paulo, em uma manhã de sábado de abril de 2009. Por causa dos preparativos no salão, chegou quase meia hora atrasada. Antes do horário marcado para a cerimônia, o Padre José Donizetti Fiel Rolim de Oliveira circulava pela paróquia, mas não ocupou seu posto após a marcha nupcial e a noiva se posicionar ao pé do altar. “O mesmo tempo que eu atrasei, ele [padre] atrasou também. Estava na sacristia. Ele não foi de birra mesmo”, disse a noiva, que ficou esperando ao lado do noivo, de pé.
Padre Donizetti admitiu o atraso proposital e apresentou como justificativa a informação que teria sido passada por uma funcionária de que a noiva estaria, em casa, esperando uma tia chegar à igreja. A noiva contesta a afirmação e repete que a preparação do salão demorou mais que o previsto. Questionado pelo G1, o padre reconsiderou o gesto após ter sido informado sobre a versão da noiva. “Ah tá, mas não foi o que a vizinha disse”, comentou. (G1)
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