Brasília – A violência contra a mulher é um fenômeno universal, mas, em muitos países, mesmo sendo exercida por homens, está ligada à tradição e a cultura que vê a mulher com status inferior ao homem, sendo que muitas delas encaram normalmente as agressões físicas sofridas por seus companheiros. A conclusão é do relatório Mulheres do Mundo de 2010, da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado hoje (20).
De acordo com o levantamento, o percentual de mulheres que sofreu algum tipo de violência pelo menos uma vez na vida é de 12% em Hong Kong (China), de 13% no Azerbaijão, de 51% na República Tcheca e de 59% na Zâmbia.
O documento relata que em 33 países – dentre eles a Bolívia, Armênia, Nicarágua, o Egito e Uganda, onde foi possível levantar os dados – as mulheres consideram apropriado ser espancadas ou agredidas pelo marido.
Cerca de 29% das mulheres concordaram que ser atingida ou espancada por discutir com o marido era justificável, 25% por se recusar a ter sexo com o marido e 21% por queimar a comida. Em Mali, por exemplo, 74% das mulheres aceitaria o castigo físico por se recusar a ter relações sexuais com o marido, 62% no caso de discutir com ele e 33% por queimar a refeição.
O documento relata que em 33 países – dentre eles a Bolívia, Armênia, Nicarágua, o Egito e Uganda, onde foi possível levantar os dados – as mulheres consideram apropriado ser espancadas ou agredidas pelo marido.
Cerca de 29% das mulheres concordaram que ser atingida ou espancada por discutir com o marido era justificável, 25% por se recusar a ter sexo com o marido e 21% por queimar a comida. Em Mali, por exemplo, 74% das mulheres aceitaria o castigo físico por se recusar a ter relações sexuais com o marido, 62% no caso de discutir com ele e 33% por queimar a refeição.
Na maioria dos países, discutir com o marido é a razão mais comumente aceita. Em Benin, 51% das mulheres entrevistadas, sem instrução, consideram justificável que o marido bata em sua esposa por ela sair de casa sem lhe avisar. O índice baixa para 39% quando a entrevistada tem ensino primário e para 20% entre as que têm nível secundário ou educação superior.
Outra tradição, a mutilação genital feminina, considerada uma violação aos direitos humanos, apesar de predominar em alguns países africanos, mostra uma ligeira diminuição. Em Mali, por exemplo, caiu de 92 casos para 86, entre 2001 e 2006. Fonte: Agência Brasil
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