Henrique, primeiro colocado geral: “Eu fui bem metódico”. Iago, terceiro lugar: “O que me diferencia é a persistência no estudo e a disciplina”. Marina, sétima colocada e primeira mulher no ranking: “Você tem que estar centrado naquilo que você está fazendo. Isso é o mais importante”. Lucas, o primeiro entre os alunos de escola pública: “Sempre me disseram que o estudo era a melhor coisa que eu poderia ter”.
Esses são os campeões do Enem do ano passado. Para muitos, a porta de entrada para o ensino superior. A prova foi feita por 2,5 milhões de pessoas. Dos dez primeiros colocados, quatro alunos são do estado de São Paulo. Tem também de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Piauí e Maranhão.
A Universidade Federal do Piauí, em Teresina, foi a escolha da futura médica Marina, sétima colocada no Enem. Sua receita para quem vai prestar a prova: “Procurar mesmo informações do mundo, conectar essas informações com conteúdo que está sendo dado em sala de aula”.
Medicina também é o sonho de Iago, de 17 anos. Ele ficou em terceiro lugar e prestou o exame quando ainda estava no segundo ano do Ensino Médio: “Leio muito, leio de tudo. Então, quando eu pego uma prova longa, como o Enem, eu não fico cansado”.
O exame tem uma redação e quatro provas: Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Linguagens. Este ano, uma novidade: Inglês ou Espanhol. “O Enem vence pelo cansaço”, disse Iago. E as questões são longas. “Vai sublinhando, vai sacando o que é importante naquele texto para você não ficar perdido”, aconselha Iago.
Fomos até Capitólio, cidade mineira de oito mil habitantes. O mais ilustre? Lucas, primeiro colocado do Enem, que veio de escola pública.
É possível para um aluno de escola pública se dar bem no Enem? “Acho que sim. Acho que ele tem que se dedicar muito ao estudo, porque são provas difíceis”, disse Lucas Santos Costa.
Lucas escolheu engenharia química na Unicamp - uma das universidades mais conceituadas do país, que desistiu de usar a nota do Enem depois que a prova vazou e sua data foi adiada.
“A gente não via ele pegar muito caderno e livro para ler, guardava mais é na mente. Eu acho que pode ser”, declarou Fátima Santos Costa, mãe de Lucas. “A gente sempre espera bons resultados dele, mas primeiro do Brasil...”, disse João Gualberto Costa, pai de Lucas.
“As medalhas são de matemática, astronomia, química. E o resto são jogos de vôlei, de futebol”, explica Lucas.
Campeão do Enem não vive só de estudar. O paranaense que fez 900 dos mil pontos possíveis do Enem se distrai com um violão. Ele está de casa nova: o alojamento estudantil do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo.
“O que eu fiz foi procurar modos alternativos de aprender. Então, eu odiava pegar aquele livro de biologia e ler, mas se eu fosse pesquisar na internet ou alguma coisa assim era menos chato para mim”, explica Henrique Leite.
O Enem deste ano será nos dias 6 e 7 de novembro. Por causa da data, muito tarde, USP e Unicamp já anunciaram que não vão usar a nota do exame em seus vestibulares. Mas, segundo dados preliminares do Ministério da Educação, 34 das 58 universidades federais vão usar apenas o Enem para selecionar seus candidatos.
Agora, de um lado os vestibulandos. E do outro, os campeões do Enem.
“O principal é assim, não empacar em nenhuma pergunta. Leu a pergunta e demorou alguns minutos, não consegue, não sai nada, pula, vai para a próxima”, ensina Henrique.
“Os amigos de vocês saindo para festas e baladas. E vocês, e agora? Eu estudo, eu saio?”, pergunta a estudante Gabriela Vallim, de 15 anos.
“Acho que é bom sair. Eu saí, ia para festas também. Não é bom ficar só pensando no vestibular”, orienta Lucas.
“Digamos, de segunda a sexta e sábado de manhã eu estudo, mas sábado à noite eu saio”, exemplificou Henrique.
E o melhor jeito de estudar antes da prova. “Não se aprofunde demais em uma área se seu objetivo for o Enem. Você pode saber um monte de matemática, mas não sabe o suficiente de biologia, você vai se dar mal na prova”, explica Henrique.
“O aluno não quer ser o melhor, ele quer notar que rendeu tudo o que pôde e o mais importante é que cada um consiga se aprimorar no seu desempenho”, explica Eduardo Antônio Lopes, professor de curso pré-vestibular.
O importante não é ser o melhor, ser um dos primeiros?
“Não é preciso ser o melhor”, acredita o professor.
“Qual foi a reação de vocês quando vocês souberam que vocês foram os primeiros colocados”, pergunta a estudante Giovana Cabral, de 18 anos. “Não acredito”, foi a reação de Henrique.
Fonte: Fantástico
Esses são os campeões do Enem do ano passado. Para muitos, a porta de entrada para o ensino superior. A prova foi feita por 2,5 milhões de pessoas. Dos dez primeiros colocados, quatro alunos são do estado de São Paulo. Tem também de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Piauí e Maranhão.
A Universidade Federal do Piauí, em Teresina, foi a escolha da futura médica Marina, sétima colocada no Enem. Sua receita para quem vai prestar a prova: “Procurar mesmo informações do mundo, conectar essas informações com conteúdo que está sendo dado em sala de aula”.
Medicina também é o sonho de Iago, de 17 anos. Ele ficou em terceiro lugar e prestou o exame quando ainda estava no segundo ano do Ensino Médio: “Leio muito, leio de tudo. Então, quando eu pego uma prova longa, como o Enem, eu não fico cansado”.
O exame tem uma redação e quatro provas: Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Linguagens. Este ano, uma novidade: Inglês ou Espanhol. “O Enem vence pelo cansaço”, disse Iago. E as questões são longas. “Vai sublinhando, vai sacando o que é importante naquele texto para você não ficar perdido”, aconselha Iago.
Fomos até Capitólio, cidade mineira de oito mil habitantes. O mais ilustre? Lucas, primeiro colocado do Enem, que veio de escola pública.
É possível para um aluno de escola pública se dar bem no Enem? “Acho que sim. Acho que ele tem que se dedicar muito ao estudo, porque são provas difíceis”, disse Lucas Santos Costa.
Lucas escolheu engenharia química na Unicamp - uma das universidades mais conceituadas do país, que desistiu de usar a nota do Enem depois que a prova vazou e sua data foi adiada.
“A gente não via ele pegar muito caderno e livro para ler, guardava mais é na mente. Eu acho que pode ser”, declarou Fátima Santos Costa, mãe de Lucas. “A gente sempre espera bons resultados dele, mas primeiro do Brasil...”, disse João Gualberto Costa, pai de Lucas.
“As medalhas são de matemática, astronomia, química. E o resto são jogos de vôlei, de futebol”, explica Lucas.
Campeão do Enem não vive só de estudar. O paranaense que fez 900 dos mil pontos possíveis do Enem se distrai com um violão. Ele está de casa nova: o alojamento estudantil do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo.
“O que eu fiz foi procurar modos alternativos de aprender. Então, eu odiava pegar aquele livro de biologia e ler, mas se eu fosse pesquisar na internet ou alguma coisa assim era menos chato para mim”, explica Henrique Leite.
O Enem deste ano será nos dias 6 e 7 de novembro. Por causa da data, muito tarde, USP e Unicamp já anunciaram que não vão usar a nota do exame em seus vestibulares. Mas, segundo dados preliminares do Ministério da Educação, 34 das 58 universidades federais vão usar apenas o Enem para selecionar seus candidatos.
Agora, de um lado os vestibulandos. E do outro, os campeões do Enem.
“O principal é assim, não empacar em nenhuma pergunta. Leu a pergunta e demorou alguns minutos, não consegue, não sai nada, pula, vai para a próxima”, ensina Henrique.
“Os amigos de vocês saindo para festas e baladas. E vocês, e agora? Eu estudo, eu saio?”, pergunta a estudante Gabriela Vallim, de 15 anos.
“Acho que é bom sair. Eu saí, ia para festas também. Não é bom ficar só pensando no vestibular”, orienta Lucas.
“Digamos, de segunda a sexta e sábado de manhã eu estudo, mas sábado à noite eu saio”, exemplificou Henrique.
E o melhor jeito de estudar antes da prova. “Não se aprofunde demais em uma área se seu objetivo for o Enem. Você pode saber um monte de matemática, mas não sabe o suficiente de biologia, você vai se dar mal na prova”, explica Henrique.
“O aluno não quer ser o melhor, ele quer notar que rendeu tudo o que pôde e o mais importante é que cada um consiga se aprimorar no seu desempenho”, explica Eduardo Antônio Lopes, professor de curso pré-vestibular.
O importante não é ser o melhor, ser um dos primeiros?
“Não é preciso ser o melhor”, acredita o professor.
“Qual foi a reação de vocês quando vocês souberam que vocês foram os primeiros colocados”, pergunta a estudante Giovana Cabral, de 18 anos. “Não acredito”, foi a reação de Henrique.
Fonte: Fantástico
0 Comentários