O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), membro da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, afirmou nesta sexta-feira que a redução no desmatamento da Amazônia é resultado da combinação das políticas de desenvolvimento econômico, social e ambiental do governo Lula. Entre agosto de 2008 e julho de 2009, a Amazônia perdeu 7 mil quilômetros quadrados (km²) de floresta. É a menor taxa anual de desmate já registrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde o início do levantamento, em 1988.
"Desde o início de seu governo, o presidente Lula implantou políticas de desenvolvimento econômico, social e ambiental. Esse tripé está mudando a triste devastação que o País estava acostumado a ver na Amazônia todos os anos", destacou o petista.
Outro fator que tem contribuído para esse avanço, segundo o parlamentar, é a conscientização da população. "A população de maneira geral está tendo mais informação sobre a importância da preservação dos nossos recursos naturais. Esse comportamento é constantemente estimulado pelo nosso ministro do Meio Ambiente, Calos Minc, e pelos demais órgãos do governo", explicou.
O deputado Eduardo Valverde (PT-RO) chamou atenção para o agravamento da pobreza nas regiões onde a floresta foi devastada com o argumento de desenvolvimento econômico. "Durante décadas foram utilizados os recursos naturais para tentar justificar o desenvolvimento. No entanto, as condições de vida nessas regiões da Amazônia não melhoraram. Por isso, o governo federal está correto ao proibir a expansão da cana, da monocultura da soja e a pecuária extensiva na região amazônica", defendeu.
A redução do desmatamento superou as expectativas do governo, que previa 9 mil km² de desflorestamento. A taxa é calculada pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que utiliza satélites para observação das áreas que sofreram desmatamento total, o chamando corte raso. O menor índice registrado até agora era o de 1991, quando os satélites identificaram 11,03 mil km².
Em relação ao período anterior (agosto de 2007 a julho de 2008), quando o desmatamento atingiu 12,9 mil km², a queda foi de 45%. O Inpe registrou queda em quase todos os estados da Amazônia. Em Mato Grosso e no Pará, tradicionalmente líderes dos rankings de desmatamento, a queda foi de 65% e 35%, respectivamente. Em Rondônia, a queda foi de 55%.
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